A Bíblia fala pouquíssimo sobre Maria.
E nas poucas vezes em que é citada, o teor das mensagens objetivam sempre prestar esclarecimentos sobre a pessoa bendita de Jesus. E ensinam que é a Ele que nós devemos conhecer, e é para Ele que devemos nos voltar.
Esta inclusive é a única mensagem que a própria Maria nos deixou, através do único testemunho que deu, e que está registrado no Evangelho segundo S. João:
Jo 2.5 - "Sua mãe disse aos serventes: " FAZEI TUDO QUANTO ELE VOS DISSER."
Maria só é mencionada no Novo Testamento, em aproximadamente quarenta versículos:
Portanto, as poucas menções que a Bíblia faz sobre Maria, estão diretamente relacionadas com a pessoa do Senhor Jesus.
Ele é quem é o personagem central da Bíblia, sendo mencionado nas páginas do Novo Testamento, cerca de 2.288 vezes, através dos títulos que evidenciam sua Divindade, sacrifício, ministérios que exerceu e exerce para nossa salvação, sua perfeita humanidade, morte vicária, soberania e sabedoria:
Fora dos Evangelhos, o nome de Maria só aparece uma única vez, no livro de Atos, juntamente com os nomes dos doze Apóstolos, e a menção a outros discípulos que os acompanhavam, inclusive os irmãos de Jesus (At 1.13,14). Ali está declarado que todos eles, após a ascensão de Jesus, ficaram juntos, morando no cenáculo em Jerusalém, onde perseveravam unânimes em oração, aguardando o derramamento do Espírito Santo, como o Senhor prometera (Lc 24.49; At 1.4).
Comparando At 1.4 com 2.1-4, podemos entender que Maria foi alcançada pela grande bênção da descida do Espírito Santo, ocorrida no dia de Pentecostes.
Também podemos entender que ela fez parte da Igreja primitiva (At 2.44).
Entretanto, apesar do batismo com o Espírito Santo, após o qual, muitos milagres foram operados através dos Apóstolos, a Bíblia não registra porém, um só milagre que haja sido operado através de Maria, ou qualquer discurso que haja feito, ou qualquer pronunciamento do Senhor em seu benefício, que venha denotar superioridade espiritual da sua parte com relação aos demais membros da Igreja.
as Epístolas, nenhuma vez o nome de Maria é mencionado.
O seu nome não aparece de forma alguma, nem mesmo sob a égide de mãe de Jesus, ao contrário, na Epístola aos Hebreus está escrito que Ele não tem pai, nem mãe, porquanto é eterno (Hb 7.3).
Isto porque as Epístolas foram escritas com a finalidade de doutrinar a Igreja e ensiná-la a viver em santificação e a adorar exclusivamente ao Senhor, pois segundo a Bíblia, Ele é o único digno de receber honra, glória, louvor e adoração (Ap 5.8-13). E neste particular, a Bíblia proíbe terminantemente aos fiéis de fazer qualquer adoração ou veneração a qualquer outro nome que não seja o nome excelso do Senhor Jesus.
AS PRIMEIRAS EVIDÊNCIAS DE QUE JESUS É O MESSIAS
A chegada do Messias foi revelada não só a Maria, José, Isabel e Zacarias, mas Deus cuidou que várias testemunhas tomassem conhecimento das boas- novas:
Assim, Mateus narra que Deus enviou uma estrela para guiar uns magos que vieram do oriente para adorá-lo (Mt 2.1,2).
Através dos magos, o rei Herodes, também tomou conhecimento e toda Jerusalém com ele (Mt 2.3), inclusive os Príncipes dos sacerdotes e os escribas (Mt 2.4-6). Prosseguindo os magos a sua viagem em busca do menino, a estrela guiou-os até a casa onde Ele se encontrava com a sua mãe. E a Bíblia diz que os magos ao verem Jesus, prostraram-se para adorá-lo (Mt 2.11).
Observe-se aqui que nenhum gesto de reverência à mãe do menino está registrada. A adoração foi prestada unicamente ao Salvador.
Lucas nos diz que o Anjo do Senhor anunciou a alguns pastores que estavam em vigília, pastoreando o rebanho (Lc 2.8-12), os quais viram também uma multidão de anjos que glorificavam a Deus pelo acontecimento (Lc 2 13-15).
Os pastores creram na mensagem, foram até Belém e ali confirmaram o que lhes tinha sido dito pelos anjos, pois encontraram Maria, José, e o menino deitado na manjedoura (Lc 2.15-16).
Assim, trataram também de divulgar o acontecimento a todos que os ouviam e todos se maravilhavam e glorificavam o nome do Senhor.
E Maria, por sua vez, sendo de origem humilde (a sua família não é sequer citada no cânon sagrado), e casada com um simples carpinteiro, ao ver aquela manifestação de júbilo em torno do menino, a Bíblia diz que ela guardava todas essas coisas conferindo-as em seu coração (Lc 2.17-20), ou seja, tudo aquilo servia para ela como sinal confirmatório de que o seu filho era verdadeiramente o Messias.
Outro sinal para Maria aconteceu quando o menino completou doze anos e foi com eles à Jerusalém, à festa da Páscoa (Lc 2.39-42).
Ao regressarem à Nazaré, Maria e José não perceberam que o menino não os acompanhara, pois eram muitos os que voltavam, e eram conhecidos, e vinham aos grupos pela estrada.
Só depois de um dia de viagem é que perceberam a sua ausência. Assim regressaram a Jerusalém, e três dias depois o encontraram no templo, assentado no meio dos doutores, que os ouviam e interrogavam, e se admiravam com a sua inteligência e respostas (Lc 2.43-47).
Ali, pela primeira vez, Jesus declara a supremacia da sua filiação com Deus: quando foi inquirido pela sua mãe, pela preocupação que lhes tinha dado, respondeu-lhe:
Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?" (Lc 2.49).
A Segunda vez em que esta supremacia é declarada, foi nas bodas de Caná da Galiléia, onde Jesus manifestou a sua Glória pela primeira vez em Israel. O registro encontra-se no Evangelho segundo S. João.
É interessante observar que o Apóstolo João não cita o nome de Maria, nenhuma vez, no Evangelho que escreveu. Nas três únicas narrativas em que é citada, ele a menciona apenas como a mãe de Jesus, sem nenhuma preocupação de dar a sua identificação pessoal (Jo 2.1,3,12; 6.42; 19.25-27).
Isto porque não era a pessoa dela que precisava ser divulgada, mas sim, era a pessoa de Jesus que precisava ser levada ao conhecimento de toda humanidade, para salvação, conforme o próprio João esclarece no final do seu Evangelho: Jo 20.31 - " Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome."
Esta é a mensagem central do Evangelho de João: apresentar Jesus como o Filho de Deus, o Cristo, o único que tem poder para ressuscitar mortos e conceder vida terna (Jo 6.38-40).
Este poder Ele recebeu do Pai celestial (Jo 10.11,15,17,18).
Tudo quanto fez, Ele o fez porque o Pai era com Ele.
Nada foi herdado da carne (Jo 3.31), mas veio de Deus que estava nele e fazia as obras, para a Glória do seu nome (Jo 10.30-38; 14.9-13).
Também nos seus discursos Ele falava o que o Pai mandava (Jo 48-50). Era o Verbo de Deus feito carne. E foi o seu lado Divino e a sua preexistência (Jo 1.1-3) que João evidenciou na biografia que escreveu.
Por esta razão, ele não dissertou sobre o seu nascimento e a sua genealogia, e assim não precisou identificar a sua mãe. A primeira vez que a menciona é na narrativa das bodas de Caná da Galiléia, onde Jesus operou o seu primeiro milagre.
Fonte: www.adcandel.com.br
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