Muitas mentiras enganosas são semeadas na mente da juventude de hoje através das escolas, dos livros, dos filmes e da televisão. São muitos os enganos populares que negam a Deus e o Evangelho de Jesus Cristo. Dois deles são sustentados mundialmente: 1) a evolução (ensinada como fato nas escolas públicas); e sua corolária, 2) a existência de vida inteligente em outros planetas. Se a vida evoluiu na Terra por acaso, então por que não em outros lugares? A possibilidade de algum outro ser possuir ciência e tecnologia mais avançadas que as nossas é extremamente empolgante para a humanidade: nós não estaríamos sozinhos no Universo!
Robert Jastrow, fundador e por muitos anos diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (que exerceu um papel-chave nos projetos das sondas espaciais Pioneer, Voyager e Galileu), sugeriu que a vida teria se desenvolvido em alguns planetas 10 bilhões de anos antes de acontecer aqui na Terra. Esses seres poderiam estar além do homem na escala evolucionária – assim como o homem se encontra à frente dos vermes – e apareceriam como deuses para nós quando os encontrássemos: um pensamento emocionante mas também aterrorizante.
Sérios esforços internacionais têm estado em funcionamento durante os últimos anos visando contatos com inteligências extraterrestres (IETs). Nos Estados Unidos, o programa foi chamado de Busca de Inteligência Extraterrestre (Search for Extraterrestrial Intelligence – SETI). Várias nações investiram pesado no envio de sinais de rádio ao espaço e na captação de algum retorno dos mesmos. A sonda espacial Voyager, que já deixou nosso sistema solar para se aprofundar mais no espaço, carrega a seguinte mensagem num disco de ouro fixado no seu exterior, pois esperava-se que alguma vida amiga o encontrasse e fizesse contato com a Terra em resposta:
Nós lançamos esta mensagem no Cosmo... isto é um presente de um pequeno, distante mundo... Esperamos que algum dia tenham resolvido os problemas que enfrentamos, para reunir uma comunidade de civilizações galácticas. (Assinado) Jimmy Carter, presidente dos Estados Unidos da América, 16 de junho de 1977.
Crê-se popularmente que seres de outros planetas já teriam visitado a Terra por algum tempo em naves espaciais cuja composição e propulsão nossos cientistas não podem explicar. Essas naves foram batizadas de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Milhares de aparições são reportadas anualmente no mundo inteiro, a maioria das quais tendo alguma explicação terrestre. Isso ainda deixa numerosas aparições que, sob cuidadosa investigação, parecem indicar que alguma coisa "não deste planeta" está nos visitando, por razões desconhecidas.
Tem havido várias investigações governamentais dos OVNIs. Os resultados permanecem em segredo. De acordo com os arquivos liberados conforme a Lei de Liberdade de Informação, o FBI foi envolvido na procura por evidências em supostos locais de acidentes com OVNIs. Numa carta datada de 27 de setembro de 1947, entretanto, o diretor do FBI, J. Edgar Hoover, escreveu para o Ministro da Aeronáutica, George C. McDonald, que estava orientando o órgão governamental a "suspender toda a atividade de investigação relativa às aparições reportadas acerca de disco voadores", e que as dúvidas fossem apresentadas à Força Aérea.(1) Contudo, o FBI continuou envolvido no processo. Considere o memorando interno do FBI, datado de 2 de outubro de 1962, de W. R. Wannall para W. C. Sullivan: "Aparentemente não se faz necessário dar instruções adicionais... relativas a discos voadores. Esta matéria será novamente revisada por volta de 3 de outubro de 1963."(2)
Arquivos do FBI, dos quais tenho cópias, incluem numerosas reportagens sobre misteriosos objetos voadores, vistos por observadores competentes, incluindo pilotos da Força Aérea e pessoal do FBI. A grande velocidade dos objetos, a ausência dos meios de propulsão conhecidos na Terra, e manobras impossíveis para naves terrestres indicam origem extraterrestre. Os relatos quase sempre incluem observações sobre marcas deixadas por um objeto pesado, bem como áreas queimadas e radioativas onde os OVNIs supostamente teriam aterrissado. Um memorando do Diretor Executivo da CIA (cuja data foi apagada) para o Diretor da Central de Inteligência afirma:
Relatos de incidentes nos convencem de que algo está acontecendo e precisa de atenção imediata. Os detalhes de alguns desses incidentes têm sido discutidos pelo AD/SI com DDCI. Aparições de objetos inexplicáveis a grandes altitudes e viajando a grandes velocidades nas proximidades de uma importante instalação americana de defesa são de tal natureza que não são atribuíveis a fenômenos naturais ou a tipos conhecidos de veículos aéreos.(3)
Contradições: fatos X pesquisadores
Alguma possibilidade de que vida inteligente tenha evoluído por acaso na Terra ou em qualquer outro lugar pode ser rapidamente descartada. O eminente astrônomo britânico Sir Fred Hoyle salienta que "mesmo se o Universo tivesse consistido, a princípio, de um caldo orgânico" do qual a vida seja feita, a chance da produção das enzimas básicas da vida pelo acaso, sem um norteamento inteligente, pode ser aproximadamente de uma em 10 seguido de 40.000 zeros. A impossibilidade desse número pode ser vista na seguinte ilustração. A probabilidade de se "estender a mão" ao acaso e apanhar um átomo específico do Universo seria de cerca de 1 em 10 seguido de 80 zeros. Se cada átomo deste Universo se tornasse num outro Universo, a chance de "estender a mão" a esmo e pegar um átomo desses universos seria de cerca de 1 em 10 seguido de 160 zeros.
Então Hoyle explica por que essa teoria completamente impossível ainda é respeitada, e acusa os evolucionistas de interesse-próprio, pressão injusta, e desonestidade:
Essa (impossibilidade matemática) é bem conhecida dos geneticistas e ainda assim ninguém parece dar um basta final à teoria... por causa do seu peso sobre o sistema educacional... ou você crê nos conceitos ou será visto como herege.(4)
Em Chance and Necessity (Acaso e Necessidade), o biólogo molecular Jacques Monod forneceu uma dúzia ou mais de razões pelas quais a evolução não pode ter ocorrido. A característica essencial do DNA, por exemplo, é a perfeita réplica dele mesmo. A evolução só poderia ocorrer diante de uma falha no DNA, e é absurdo imaginar que uma única célula tenha evoluído, muito menos o cérebro humano, por uma série de falhas prejudiciais no DNA. E, ainda assim, após ter apresentado várias razões pelas quais a vida não poderia ter surgido por acaso, Monod concluiu que ela tem que ter surgido por acaso.
Monod não possui uma razão válida para sua "fé". Ele simplesmente rejeita aceitar a criação divina. O paleontologista do Museu Britânico de História Natural, Colin Patterson, declara:
Evolucionistas, assim como os criacionistas... nada mais são do que pessoas que crêem. Eu tenho trabalhado nesta questão (evolucionismo) por mais de vinte anos, e não havia qualquer coisa que eu soubesse a esse respeito. É chocante descobrir que alguém pode ser enganado por tanto tempo."(5)
Onde fica o cristianismo?
Uma fé transigente está ficando comum na igreja: Deus teria permitido que a evolução acontecesse, aí Ele teria transformado a criatura, semelhante a um primata, em Adão. Mas a Bíblia diz que no momento em que Deus soprou vida no molde que Ele formara do pó, esse molde era um homem, Adão (Gn 2.7). Assim, Ele não poderia tê-lo transformado de alguma coisa que já estivesse viva. Além disso, a morte não invadiu a Terra até que Adão pecasse ("por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" – Rm 5.12), e, assim sendo, as espécies anteriores não poderiam ter passado pelo suposto processo de morte para "evoluírem de forma mais elevada".(6)
Poderia Deus ter criado vida inteligente em outros planetas? Sim, mas a Bíblia declara que exclusivamente a Terra tem vida física inteligente. Foi para esta Terra que Satanás veio difundir sua rebelião; e a esta Terra Cristo veio para morrer pelo pecado do homem. A batalha entre Deus e Satanás pelo Universo está centralizada aqui. O sacrifício de Cristo na cruz purificou do pecado o Universo inteiro e as próprias coisas celestiais (Hb 9.23):
"...de fazer convergir nele [Cristo]... todas as cousas, tanto as do céu como as da terra" (Ef 1.7,10).
"Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra..." (Fl 2.10).
"...havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Cl 1.20).
"...toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra... dizendo: Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos" (Ap 5.9,13).
"Quando, porém, todas as cousas lhe (a Cristo) estiverem sujeitas... para que Deus seja tudo em todos" (1 Co 15.28).
As afirmações acima contrastam com a crença dos mórmons em trilhões de deuses, e trilhões de Cristos que morreram em trilhões de planetas além do nosso. Isso vai contra as Escrituras que dizem que a única reconciliação entre Deus e o Universo inteiro é o próprio Cristo de uma vez por todas sacrificado na cruz – um sacrifício que não se repetiu em nenhum outro planeta:
"...pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção... ao se cumprirem os tempos, (Cristo) se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo o pecado... Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus... Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados... Já não há oferta pelo pecado" (Hb 9.12,26,10.12,14,18).
Um ser inteligente com poder de escolha poderia pecar. Deus não precisa experimentar ("O homem pecou, mas deixe-me tentar em outro planeta...", etc.). Conseqüentemente, existiriam outros pecadores espalhados pelo Universo; Deus os teria colocado lá intencionalmente. Mas por quê? Certamente é suficiente um planeta de rebeldes!
Os pecadores precisam de redenção, e a redenção foi provida para o Universo inteiro através do sacrifício de Cristo neste planeta. Nós, habitantes da Terra, temos o relato de testemunhas oculares, evidências arqueológicas, evidências históricas e profecias cumpridas. Tais provas não podem ser avaliadas por seres de distantes planetas que teriam que acreditar num Cristo que morreu neste planeta.
Além do mais, para Cristo nos redimir, ele teve que se tornar um de nós, um homem que morreu em nosso lugar. Para redimir seres de outros planetas, Ele teria de se tornar um deles também. Mas a Bíblia diz que Cristo é o Deus-homem para sempre; e Ele morreu só uma vez, e isto foi aqui na Terra. E sobre a Terra Satanás tentará estabelecer seu falso reino, utilizando-se de um homem, o anticristo. Para esse fim, Satanás pode usar os OVNIs e a crença em IETs para estabelecer seu falso cristo. É interessante que Robert Jastrow sugere que a vida após a morte...
...talvez esteja muito além da forma de carne-e-sangue que reconheceríamos. Talvez possa (ter)... conseguido escapar de sua carne mortal para se tornar algo fora de moda que as pessoas chamariam de espíritos. Então como é que sabemos que está aqui? Quem sabe possa materializar-se e aí desmaterializar-se. Tenho certeza de que eles possuem poderes mágicos pelos nossos padrões...(7)
O palco para a "operação do erro"
Que grande idéia Satanás pode utilizar para colocar o anticristo no poder! Quem precisa de Deus se as IETs têm poderes mágicos?! Não só médiums espíritas e parapsicólogos, mas agora cientistas, que rejeitaram a Deus, estão tentando contato com "seres espirituais" que eles acreditam ser entidades altamente evoluídas, com conhecimento e poderes maiores aos dos humanos. Certamente, se contatos fossem feitos com as "amigáveis" IETs, os líderes da Terra gostariam de se "beneficiar" com seus conselhos e ajuda. O presidente sírio Hafez Assad, muito fascinado por OVNIs, acredita que "só os poderes extraterrestres poderiam trazer paz entre as superpotências"(8).
Mas não existem IETs. A única vida inteligente além da que há na Terra é toda espiritual: Deus, anjos, Satanás e demônios. Satanás e seus servos são hábeis em invadir o reino físico. Satanás colocou chagas em Jó, causou um "vento arrasador" de destruição em sua casa matando seus filhos, os caldeus e sabeus roubaram a ele e a seus servos, e em cada caso uma pessoa ficou viva para trazer as notícias a Jó. Satanás levou Cristo ao topo do monte e ao pináculo do templo. Janes e Jambres (2 Tm 3.8) foram hábeis para imitar, pelo poder de Satanás, alguns milagres de Arão e Moisés, feitos pelo poder de Deus.
Que limites podem haver nos "poderes, sinais e prodígios da mentira" satânicos nós não sabemos: Satanás levará o mundo todo a adorar o anticristo como "Deus" (Ap 13.8). O fato é que a humanidade está agora aberta para o contato e para receber opiniões e ajudas de demônios que estão se manifestando como OVNIs e disfarçando-se como IETs, o que ajuda a preparar o palco para a "operação do erro" (2 Ts 2.11).
Foi aqui na Terra que Cristo derrotou Satanás na cruz, e é aqui para a Terra que Cristo retornará a fim de destruir Satanás. É na Terra que Cristo vai reinar por 1000 anos; é para a nova Terra que a Jerusalém celestial descerá (Ap 21.1-2), e dela Cristo reinará sobre o novo Universo por toda a eternidade. Não existe nenhuma outra civilização planetária.
As hábeis mentiras de Satanás têm um único propósito: desviar o homem da verdade de Deus que por si só o libertará do pecado e do eu (Jo 8.31-32). Nós, crentes em nosso senhor Jesus Cristo, precisamos ter uma resposta bíblica para nossos queridos, de forma a libertá-los das sedutoras mentiras satânicas, onde quer que elas estejam. Sejamos bereanos. Conheçamos as Escrituras. Declaremos a verdade de Deus com ousadia e vivamo-la de forma consistente. (Dave Hunt - TBC 4/95 – Traduzido por Eros Pasquini, Jr.)
1. Cópia de carta arquivada.
2. Cópia de memorando arquivada.
3. Cópia de memorando arquivada.
4. De uma entrevista do correspondente da AP George Cornwall, citada de Times-Advocate, Escondido, CA (EUA), 10/12/1982, pp A10-11.
5. Harpers, fevereiro de 1985, pp. 49-50.
6. Douglas Dewar e L. M. Davies, "Science and the BBC", The Nineteenth Century and After, abril de 1943, p. 167.
7. GEO, fevereiro de 1982, "GeoConversation", uma entrevista com o Dr. Robert Jastrow, p. 14.
8. Entrevista na revista Time, 20 de outubro de 1986, pp. 56-57.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 1996
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