Depois Da Morte
Definimos aqui nossa posição bíblica e doutrinária no que concerne ao que nos acontece logo depois da morte. Vamos resumidamente fazer uma exposição bíblico teológica do assunto.
O Homem é um ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn. 1:26), possuindo um espírito e alma eternos, num corpo mortal.
Antes de Cristo, morrendo o homem, o corpo carnal ia (e ainda vai) para a sepultura, onde se desfazia (e ainda se desfaz) em pó. A alma e o Espírito iam (e ainda vão) para Deus (EC 12:7) "E o pó volte à terra, como o Era, e o Espírito volte a Deus que o deu". As almas ou os espíritos, Deus aprisionava num lugar Chamado Sheol. As almas dos justos ficavam em repouso bem aventurado em sua divisão superior chamada; O Paraíso; as dos ímpios eram (e ainda são ) aprisionadas na divisão inferior chamada : O Inferno. ( Note bem o inferno ainda não é o lago de fogo e enxofre). Nossa base está no Versículo LUCAS 16:22 e 23.
"ACONTECEU MORRER O MENDIGO E SER LEVADO PELOS ANJOS PARA O SEIO DE ABRAÃO (PARAÍSO-Parte superior do SHEOL): MORREU TAMBÉM O RICO. E FOI SEPULTADO. NO INFERNO (Hades), ESTANDO EM TORMENTOS, LEVANTOU ( Idéia de olhar para cima) OS OLHOS E VIU AO LONGE A ABRAÃO E LÁZARO NO SEU SEIO".
Depois que Cristo foi assunto ao céu, Ele levou consigo todas as almas dos salvos que estavam no Paraíso, isto é, levou o próprio PARAÍSO.
As almas dos santos, (homens que morrem salvos, após a obra de Cristo), com a morte do corpo, vão imediata e diretamente para os Céus, para a companhia de Cristo e daquelas almas salvas antes de Cristo, ficando seus corpos na sepultura, aguardando a primeira Ressurreição para, então reinarem de corpo e alma plenamente com Cristo, no Céu.
As almas dos perdidos ficarão na única parte restante do Hades - O inferno- até a segunda ressurreição, quando com seus corpos ressurtos, sairão condenados para o tormento eterno da GEENA. E assim fica estabelecido, biblicamente, o destino "POST MORTEM" de todos os homens, o que se confirma em ATOS 2:27 "PORQUE NÃO DEIXARÁ A MINHA ALMA NA MORTE (hades), NEM PERMITIRÁ QUE O TEU SANTO VEJA CORRUPÇÃO(na sepultura)
ATOS 2:31 " PREVENDO ISTO REFERIU-SE À RESSURREIÇÃO DE CRISTO, QUE NEM FOI DEIXADO NA MORTE, NEM O SEU CORPO EXPERIMENTOU CORRUPÇÃO" E SALMO 89:48 "QUE HOMEM HÁ QUE VIVA E QUE NÃO VEJA A MORTE? OU QUE LIVRE A SUA ALMA DO PODER DO MUNDO INVISÍVEL.(SHEOL)?
Passemos agora a fazer um estudo pormenorizado, à luz da palavra de Deus, estabelecendo fundamentalmente os significados dos termos: HADES, SHEOL, SEPULTURA, PARAÍSO, INFERNO, GEENA E CÉU.
1) HADES.
Como vimos pela concepção judaica, que é a nossa também, o hades era constituídos de dois compartimentos; A habitação provisória dos benditos - O PARAISO; e a dos malditos - O INFERNO, separados por um abismo intransponível.
Algumas religiões e seitas sustentam que não há nem nunca houve SHEOL OU HADES, como lugar das almas dos mortos, e traduz a palavra por SEPULTURA, INFERNO, ALÉM, MUNDO INVISÍVEL, OU TÃO SOMENTE POR COVA.
Pela bíblia podemos afirmar que o Paraíso do Hades passou a ser o próprio Céu, por ocasião da ascensão de Jesus Cristo, que levou consigo todas as almas dos justos que ali estavam. Esta conclusão é tirada de EFESIOS 4: 8 a 10 que dizem "POR ISSO DIZ: QUANDO ELE SUBIU ÀS ALTURAS, LEVOU CATIVO O CATIVEIRO, E CONCEDEU DONS AOS HOMENS. ORA, QUE SE QUER DIZER SUBIU, SENÃO QUE TAMBÉM HAVIA DESCIDO ATÉ ÀS REGIÕES INFERIORES DA TERRA? AQUELE QUE TAMBÉM DESCEU É TAMBÉM O MESMO QUE SUBIU ACIMA DE TODOS OS CÉUS, PARA ENCHER TODAS AS COUSAS"
Outras passagens ratificam com mais força a pronta ida dos Crentes para o Céu, depois que Jesus Cristo para lá subiu JO 14:2-3 "NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS. SE ASSIM NÃO FORA EU VO-LO TERIA DITO. POIS VOU PREPARA-VOS LUGAR. E QUANDO EU FOR E VOS PREPARAR LUGAR, VOLTAREI E VOS RECEBEREI PARA MIM MESMO, PARA QUE ONDE EU ESTOU ESTEJAI VÓS TAMBÉM".
JOÃO 17:24 " PAI A MINHA VONTADE É QUE ONDE EU ESTOU, ESTEJAM TAMBÉM COMIGO OS QUE ME DESTES, PARA QUE VEJAM A MINHA GLÓRIA QUE ME CONFERISTE, PORQUE ME AMASTE ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO"
II COR 5:1: "SABEMOS QUE SE A NOSSA CASA TERRESTRE DESTE TABERNÁCULO SE DESFIZER, TEMOS DA PARTE DE DEUS UM EDIFÍCIO, CASA NÃO FEITA POR MÃOS, ETERNA, NOS CÉUS"
II COR 5;8 "ENTRETANTO ESTAMOS EM PLENA CONFIANÇA, PREFERINDO DEIXAR O COPRPO E HABITAR COM O SENHOR"
FIL 1;23 "ORA, DE UM E OUTRO LADO ESTOU CONSTRANGIDO, TENDO O DESEJO DE PARTIR E ESTAR COM CRISTO, O QUE É INCOMPARAVELMEN-TE MELHOR"
ATOS 7:59 " E APEDREJAVAM A ESTEVAM QUE INVOCAVA E DIZIA; SEHOR JESUS, RECEBE O MEU ESPÍRITO"
Que HADES não é SEPULTURA vemos em todas as 10 passagens que aparece esta palavra - Mt 11:23; 16:18 , Lc 10:15; 16:23 , At 2:27-31, Ap 1:18 ; 6:8 ; 20: 13-14. Que HADES não é GEENA, (inferno permanente - Lago de fogo Eterno), depreendemos das palavras referidas em Mt 16:18; Lc 16:23; At 2:27-31 e Ap 1:18 ; 6:8 ; 20: 13-14. Os demais versículos, onde aparece a palavra, também exclui aquele significado de perenidade.
2) SHEOL
Sheol é o termo correspondente no velho testamento para designar o mesmo que Hades do Novo testamento. Vamos estudar os passos que se apresenta e provar que não significa nem SEPULTURA e nem GEENA.
De modo algum é sepultura em DT 32:22; IISM 22:6; JÓ 11:8 , 14:13, SL 30:3 . 49:15, 116:3, 139:8, PV 15:11, 27:20, IS 14:9,11,15,18, 28:15, 57,0, EZ 31:15-17, 32:21, OS 13;14 E AM 9:2.
Não é GEENA porque em Hebraico o vocábulo que a designa é ABADOM e não SHEOL, conforme adiante demonstraremos.
Alguns versos dão-lhe aparentemente, o significado de SEPULTURA, mas um exame acurado dos mesmos mostra que a palavra implica também a idéia de um lugar das almas vivas de corpos mortos, apesar de se dizer que o homem todo, com corpo e alma nele será lançado. Vamos apresentá-los: GEN 37:35, 42:38, 44:29-31, NM 16:30,33, SM 2:6, JÓ 21:134, SL6:5, 31:17, 49:14, 55:15, 88:3, PV 1:12. EC 9:10; IS 5:14. 38:18, EZ 32:27 E HC 2:5.
Outros trechos têm sheol como inferno permanente ou GEENA, mas pela rigorosa exegese, pode se ver que cabe muito bem o significado de INFERNO temporário e do Hades. Vejamos II SM 22:6, JÓ 7:9, 26:6, SL9: 17, 18:5 PV 5:5, 9:18, 15:24 E 23:14.
3- SEPULTURA
SHEOL OU HADES não é SEPULTURA porque tanto no hebraico quanto no grego há termos próprios para indicar o lugar onde o corpo morto é posto.
No grego temos MINEMEION, MINEMA E TAPHOS para designar o lugar de alojamento do defunto, e não haveria necessidade de recorrer se ao discutido Hades. Mencionaremos passagens que aparecem o referido termo:
MT 23:27-29, 26:12, 27:52-60-60-61-64-66, 28:1,8, MC 6:29, 15:46, 16:2-3-5-8, 14:8, LC 11:47,48, 23:53,55, 24:1-2-9-12-22-24, JO 5:28, 11:38. 19:41,42. 20:1-2-3-6-8-11, AT 2:29.
Em Hebraico os termos QEBER, QIBRAH e QBURAH substituem os correspondentes gregos para indicar a SEPULTURA ou Sepulcro, Vejamos algumas passagens que registram . GN 23:4-6-9-20, JZ 8:32, 16:31, NE 2:4-5, IS:14,9, JR 8:1 E NA 1:14..
4- PARAÍSO E INFERNO
Provado que na bíblia SHEOL OU HADES não é SEPULTURA nem GEENA e sim, tão somente o lugar das almas dos mortos, quer sejam salvas ou perdidas, vamos citar uns trechos que nos falam dos dois compartimentos que contém: PARAÍSO - Céu Temporário, Céu dos remidos sem corpo, ou ante-sala do céu, praticamente o mesmo que Céu, e o INFERNO - temporário que muitas vezes se confunde com GEENA, sendo praticamente o mesmo porque quem for para aquele, acabará infalivelmente neste.
RESUMINDO:
Quem morre para vida eterna vai para o HADES (termo do novo testamento) ou SHEOL (termo do velho testamento) no compartimento Chamado PARAÍSO. Após a Ressurreição do Corpo é que irá para o Céu Definitivo.
Quem morre para condenação eterna vai para o HADES (termo do novo testamento) ou SHEOL (termo do velho testamento) no compartimento Chamado INFERNO. Após a Ressurreição do Corpo e o Juízo Final é que irá para o GEENA ( lago de fogo eterno).
4.A) PARAÍSO
E NO INFERNO, ERGUEU OS OLHOS, ESTANDO EM TORMENTOS, E VIU AO LONGE ABRAÃO, E LÁZARO NO SEU SEIO. (=PARAÍSO), LC 16:23. E DISSE-LHE JESUS: EM VERDADE TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO. LC 23:43
POIS NÃO DEIXARÁS A MINHA ALMA NA MORTE ( Parte paradisíaca do HADES), NEM PERMITIRÁS QUE O TEU SANTO VEJA A CORRUPÇÃO( Na sepultura). AT 2:27.
As almas de todos os fiéis guardadores do antigo pacto (Velho testamento), até a ressurreição de Cristo, lá ficaram, sendo por Ele levadas para os Céus, quando para lá subiu. E agora, o PARAÍSO está no céu, como podemos inferir das seguintes passagens: "CONHEÇO UM HOMEM EM CRISTO QUE HÁ CATORZE ANOS (SE NO CORPO, NÃO SEI, SE FORA DO CORPO, NÃO SEI; DEUS O SABE) FOI ARREBATADO AO TERCEIRO CÉU. E SEI QUE O TAL HOMEM (SE NO CORPO, SE FORA DO CORPO, NÃO SEI; DEUS O SABE) FOI ARREBATADO AO PARAÍSO; E OUVIU PALAVRAS INEFÁVEIS, QUE AO HOMEM NÃO É LÍCITO FALAR. (II COR 12:2,4)"
QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS: AO QUE VENCER, DAR-LHE-EI A COMER DA ÁRVORE DA VIDA, QUE ESTÁ NO MEIO DO PARAÍSO DE DEUS. (AP 2:7)
E, HAVENDO ABERTO O QUINTO SELO, VI DEBAIXO DO ALTAR AS ALMAS DOS QUE FORAM MORTOS POR AMOR DA PALAVRA DE DEUS E POR AMOR DO TESTEMUNHO QUE DERAM. E CLAMAVAM COM GRANDE VOZ, DIZENDO: ATÉ QUANDO. Ó VERDADEIRO E SANTO DOMINADOR. NÃO JULGAS E VINGAS O NOSSO SANGUE DOS QUE HABITAM SOBRE A TERRA? E FORAM DADAS A CADA UM COMPRIDAS VESTES BRANCAS E FOI-LHES DITO QUE REPOUSASSEM AINDA UM POUCO DE TEMPO, ATÉ QUE TAMBÉM SE COMPLETASSE O NÚMERO DE SEUS CONSERVOS E SEUS IRMÃOS, QUE HAVIAM DE SER MORTOS COMO ELES FORAM. (AP 6:9-11)
4.B) INFERNO
E NO INFERNO, ERGUEU OS OLHOS, ESTANDO EM TORMENTOS, E VIU AO LONGE ABRAÃO, E LÁZARO NO SEU SEIO.
E, CLAMANDO, DISSE: PAI ABRAÃO, TEM MISERICÓRDIA DE MIM, E MANDA A LÁZARO, QUE MOLHE NA ÁGUA A PONTA DO SEU DEDO E ME REFRESQUE A LÍNGUA, PORQUE ESTOU ATORMENTADO NESTA CHAMA. (LC 16:23,24)
E O QUE VIVO E FUI MORTO, MAS EIS AQUI ESTOU VIVO PARA TODO O SEMPRE. AMÉM. E TENHO AS CHAVES DA MORTE E DO INFERNO. ( AP 1:18)
E A MORTE E O INFERNO FORAM LANÇADOS NO LAGO DE FOGO. ESTA É A SEGUNDA MORTE. E AQUELE QUE NÃO FOI ACHADO ESCRITO NO LIVRO DA VIDA FOI LANÇADO NO LAGO DE FOGO. (AP 20:14,15).
Nestas passagens. INFERNO é a tradução de HADES grego, por ser a única parte que do HADES ainda resta, pois a parte superior, da concepção judaica, acabou-se com a ressurreição de Cristo, que dele retirou para o Céu todas as almas que O aguardavam. Neste INFERNO estão todas as almas dos perdidos, aguardando a segunda ressurreição, quando então ressurtos, serão arremessados na GEENA, onde o tormento, terrível, será sempre intenso, dia e noite pelos séculos dos séculos.
5) GEENA
As almas dos ímpios ao saírem do INFERNO do HADES, na segunda ressurreição, em seus novos corpos, serão lançados na GEENA, Lago de Fogo, Abismo ou Abadom, (Ap 20:14). Podemos comparar o INFERNO com a cadeia (antes do julgamento), e a GEENA com a Penitenciária (Depois do Julgamento). Esta é definitiva; aquele temporário. Passaremos a mostrar as passagens bíblicas que falam da GEENA. 10:28, 18:9, 23:33 e Mc 9:43, 45, 47, Lc 12:5, Tg 3:6
EU, PORÉM, VOS DIGO QUE QUALQUER QUE, SEM MOTIVO, SE ENCOLERIZAR CONTRA SEU IRMÃO, SERÁ RÉU DE JUÍZO; E QUALQUER QUE DISSER A SEU IRMÃO: RACA SERÁ RÉU DO SINÉDRIO; E QUALQUER QUE LHE DISSER: LOUCO; SERÁ RÉU DO FOGO DO INFERNO. PORTANTO, SE O TEU OLHO DIREITO TE ESCANDALIZAR, ARRANCA-O E ATIRA-O PARA LONGE DE TI; POIS TE É MELHOR QUE SE PERCA UM DOS TEUS MEMBROS DO QUE SEJA TODO O TEU CORPO LANÇADO NO INFERNO. E, SE A TUA MÃO DIREITA TE ESCANDALIZAR, CORTA-A E ATIRA-A PARA LONGE DE TI, PORQUE TE É MELHOR QUE UM DOS TEUS MEMBROS SE PERCA DO QUE SEJA TODO O TEU CORPO LANÇADO NO INFERNO. (MT 5:22-29-30)
E NÃO TEMAIS OS QUE MATAM O CORPO E NÃO PODEM MATAR A ALMA; TEMEI ANTES AQUELE QUE PODE FAZER PERECER NO INFERNO A ALMA E O CORPO. (MT 10:28)
E, SE O TEU OLHO TE ESCANDALIZAR, ARRANCA-O, E ATIRA-O PARA LONGE DE TI; MELHOR TE É ENTRAR NA VIDA COM UM SÓ OLHO, DO QUE, TENDO DOIS OLHOS, SERES LANÇADO NO FOGO DO INFERNO. (MT 18:9) SERPENTES, RAÇA DE VÍBORAS! COMO ESCAPAREIS DA CONDENAÇÃO DO INFERNO? (MT 23;33)
6) CÉU
As almas dos salvos, que saíram do Paraíso do HADES foram para o Céu. Antes de Cristo ninguém houvera subido ao Céu " ORA, NINGUÉM SUBIU AO CÉU, SENÃO AQUELE QUE DE LÁ DESCEU, A SABER O FILHO DO HOMEM" (JO 3:13).
Abrão, Lázaro, Samuel, o bom ladrão e outros também para lá foram. Cristo no dia em que morreu foi lá e, conforme I Pd 3:19, anunciou a espíritos aprisionados os acontecimentos dos últimos dias, sua libertação e, depois, arrebatou-os todos para o Céu, consigo, acabando com a parte paradisíaca do HADES. No dia em que morreu Cristo não foi ao Céu, pois ele mesmo disse: "....AINDA NÃO SIBI PARA O MEU PAI...." JO 20:17. foi, sim, ao PARAÍSO conforme prometera...." HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO" LC 23:43.
O CÉU é, pois, o lugar eterno de morada definitiva dos salvos por Cristo, depois de ressurretos.
Não pode ser a terra porque ela vai ser Destruída: "ENQUANTO A TERRA DURAR" GEN 8:22 . "HAVENDO, POIS DE PERECER TODAS ESTAS COUSAS (II PD 3:11); E NOVOS CÉUS E NOVA TERRA SERÃO CRIADOS. ISAIAS 65:17; 66:22 para aí passarmos à eternidade. Ver ainda salmo 102:25-26.
VAMOS RESUMIR E CONCLUIR ESTE ESTUDO, AGORA:
SEPULTURA: O lugar dos Corpos Mortos.
HADES: Lugar das almas vivas e corpos mortos. Divide-se em dois lugares.
# PARAÍSO - Lugar das almas salvas, antes de Cristo, e depois o próprio Céu das almas sem corpos, antes da primeira ressurreição.
# INFERNO: Lugar das almas perdidas, até a segunda ressurreição.
GEENA: Lugar eterno dos corpos e almas dos perdidos ressurtos na segunda ressurreição.
CÉU: Lugar dos corpos e almas dos remidos ressurtos na 1primeira ressurreição.
Reencarnação
Para os leigos quando se põe ressurreição oposta à reencarnação muitos perguntam: há alguma diferença? Muitos acham a diferença tão pequena e se escusam dizendo que conversar ou debatê-las não leva a nada.
Jesus é citado em ambos os discursos, mas numa análise sincera e imparcial verifica-se que Jesus Cristo, mais do que ninguém, nunca foi um reencarnacionista. Ele mesmo tomou para si o título: "Eu sou a ressurreição e a vida aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá".
O subjetivismo é sempre uma tentação ao tratar destes assuntos. Muitos acreditam que as questões religiosas podem ser resolvidas simplesmente através da sinceridade e sentimentos fortes.
Mas ao tratarmos deste assunto temos que entender que não se pode atingir nada atacando as idéias dos outros. É tolice pensar que se pode convencer alguém refutando a sua inteligência, educação e honestidade. Não apelamos aqui a preferências pessoais, mas vamos colocar aqui alguns pontos para reflexão.
ESTE ARTIGO NÃO É PARA AQUELES QUE PERDERAM A ESPERANÇA NESTA VIDA, E ESTÃO SIMPLESMENTE MARCANDO O TEMPO ATÉ A PRÓXIMA. NÃO É PARA AQUELES QUE ODEIAM ESTA VIDA E VIVEM ADIANDO AS TRANSFORMAÇÕES QUE PRECISAM SOFRER, E AS DECISÕES QUE PRECISAM TOMAR EM DEUS, PARA UM FUTURO INEXISTENTE. NÃO É PARA AQUELES QUE SÃO REVOLTADOS COM AS INJUSTIÇAS DO MUNDO E POR NÃO SE VEREM COMO RESPONSÁVEIS POR ELAS, PASSAM A VIDA SÓ QUERENDO EXPLICAÇÕES DE DEUS E NUNCA O HONRAM COMO SENHOR E NÃO ESPERAM NA SUA JUSTIÇA. A IDÉIA QUE UMA PESSOA TEM SOBRE A VIDA APÓS A MORTE, DETERMINA A QUALIDADE DE SUA VIDA PRESENTE.
Se para um reencarnacionista a resposta a certas perguntas é essencial, queremos agora apontar alguns pressupostos que tem relação com elas e apresentar uma crítica não às pessoas, mas aos absurdos da doutrina, descortinando as incongruências e revelando a presença subliminar do governo da morte, das trevas, do sofrimento e do diabo nestes ensinos. Vejamos:
Antes de crer na reencarnação, a pessoa precisa negar a existência de um Deus pessoal e infinito, e precisa negar a existência de um plano de redenção para humanidade. Prega um otimismo sem limite que prevê o aperfeiçoamento final do homem.
Os que se abrigam à sombra da reencarnação são os que substituíram o significado da vida após a morte pelo materialismo e já perderam o significado desta vida presente: "me esforço agora; quem sabe se na próxima as coisas melhoram".
Aqueles que se desesperam nesta vida agarrar-se-ão a qualquer migalha de esperança de uma nova chance em alguma vida futura. Quando as pessoas vêem seus entes queridos partirem para um vazio desconhecido, elas poderão se apegar a qualquer doutrina que aparente oferecer a esperança de um retorno.
A maioria das pessoas espera por alguma forma de imortalidade, e a teoria da reencarnação faz um apelo direto a esta necessidade. Só que não percebem que reencarnação perpetua a morte. A doutrina da reencarnação é a vitamina, o alimento que eternizará a morte, pois sem as mortes sucessivas não haverá as reencarnações sucessivas. Deus quando criou o homem, não era para ele morrer, era pra viver eternamente com ele. O pecado do homem alterou este quadro. Mas Deus não mudou seu propósito. Ele montou o maior plano de amor na pessoa de seu filho Jesus Cristo para nos livrar do império da morte e nos reenquadrar no plano da vida eterna. Quando Jesus ressuscitou dos mortos ele cravou uma estaca no peito da morte e nos anunciou o fim dela. A palavra de DEUS vem nos esclarecer este assunto quando diz em Hebreus 9:27 "Aos homens está ordenado a morrerem uma só vez, vindo depois disto o JUÍZO" Logo não haverá a primeira reencarnação e nem a segunda morte física. O que te espera é o JUIZO de Deus. "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno." Daniel 12:2.
Para uma sociedade, como a nossa, que é cada vez mais materialista, é muito CONVENIENTE crer na reencarnação. Veja os motivos:
# É mais fácil de ser encarada do que a perspectiva de prestar contas a um Deus Pessoal e Infinito que tem poder para colocar as pessoas em separação eterna.
# Ela fala aos gostos e sensibilidades dos modernos pensadores que preferem acreditar que as doutrinas sobre Deus e a Humanidade não são importantes e que um modo de vida e fé é tão bom quanto qualquer um outro. Ela encaixa a idéia universal de que todos os caminhos numa sociedade pluralista levam ao mesmo fim. Prega a salvação final da raça humana.
# Ela apela ao orgulho humano ensinando que o destino final de alguém é determinado pelas suas próprias obras e esforços e não pela ação de Deus. Esta idéia é cativante e atraente à nossa natureza pecaminosa, falida e corrompida.
# A maioria das pessoas que acredita na reencarnação, não pensa atentamente sobre o rigoroso programa de disciplina e esforço implicado nesse ensinamento. Todavia eles entendem: crer na reencarnação é essencial. Sem perceber estão dizendo a Deus: "Senhor não preciso de um salvador, eu pago pelos meus erros, deixem o meu saco de pecado comigo, ele é meu" Não percebem a loucura em que estão e não atentaram para as conseqüências de sua atitude. A palavra de Deus diz "O Salário do pecado é a morte'".
# Naturalmente, uma das razões pelas quais muitos optam pela teoria da reencarnação é a sua aversão pela idéia de culpa e de responsabilidade. Vêem a culpa como uma emoção nociva e baseada no medo, criada por pessoas inescrupulosas que querem controlar os outros. Para os reencarnacionistas, a solução para o problema da culpa é negar sua validade e considerar toda experiência passada incluindo adultério, fraude, mentira e crueldade, não como um pecado pelos quais alguém deve prestar contas diante de um Deus pessoal, mas sim como experiência de aprendizado, passos potenciais no desenvolvimento ascendente de alguém. Ou porque não dizer: considerar todos os erros, por mais graves que sejam como uma "simples travessura". "Não há lei de Deus, não há julgamento; vamos caminhando para o alto e sempre avante".
O Que é a Reencarnação
A reencarnação tem sido desde a antiguidade uma doutrina largamente aceita por hindus e Budistas. Mas também não era incomum encontrá-la entre filósofos gregos que a denominaram metempsychosis - literalmente- mudanças de almas. A doutrina como compreendida pelo hinduísmo declara que toda vida é essencialmente uma: as vidas em formas humana, vegetal e animal encontram-se tão inter-relacionadas que são capazes de transmigrarem de uma vida para outra. Uma pessoa pode ter sido um animal ( minhoca, verme, ameba, boi,gato, cachorro, peixe, golfinho, aves..etc.) Vegetal( árvores, flor, capim, alga, espinho..etc) e mineral ( pedra, terra, ..etc).
Allan Kardec não agradou muito deste conceito e deu uma ajeitada pata agradar aos gostos ocidentais. Para o espiritismo atual ocidental ficou definido que a transmigração de almas se dará só entre pessoas. ( Pega mal ser minhoca, ou voltar a ser minhoca numa outra vida).
O carma.
Um dos principais componentes da teoria da reencarnação é o carma. A doutrina de que cada um recebe o que merece. A doutrina do Carma significa que existe uma força no universo que faz com que cada ser humano sobre a terra reúna Débitos e Créditos através do seu comportamento. Uma pessoa dá a forma ä qualidade de sua vida na próxima reencarnação, pelas suas ações nesta encarnação. Se se comete mal nesta vida, a retribuição pode ser esperada na próxima, enquanto que fazer o bem nessa vida lhe assegurará um lugar ao sol na próxima vida. Desta forma os espíritas acham que tem argumentos para explicar muitos sofrimentos, mistérios, sofrimento de crianças, doenças mentais, pobrezas, desastres e injustiças da vida. Alegam que tudo é resultado do mal cometido em outras vidas. Aceitam isto, pois entendem que podem ser aplicada a todos os problemas. Confiam que o reino impessoal do carma cumpre a justiça de modo imparcial: pode se confiar e descansar, de que nenhum mal será deixado impune, e nenhum bem deixará de ser recompensado.
No entanto a pergunta é: Quem é o administrador deste processo altamente sofisticado de recompensa e castigo? A resposta até hoje é um "NINGUEM". Não há administrador per si, nenhum Deus infinito e pessoal que supervisiona a criação. Eu digo não há quase nada em nossa experiência que nos encoraje a crer em tal força.
Surge outra questão: Como alguém pode descobrir as exigências do carma? Na Índia, no modelo deles, apesar de se arrebentarem, eles explicam o carma pelo sistema de casta. Filho de médico vai ser médico, filho de faxineiro será faxineiro. Não há casamento entre pessoas de castas diferentes. No fundo a gente sabe que isto é apenas uma maneira de não perder sua posição de privilégios na sociedade. É algo injusto e cruel. A fé no carma aprisiona as pessoas num estado de miséria e pobreza hereditárias: de geração em geração.
Aqui no ocidente não há um modo de saber o que o carma realmente deseja que façamos. Isto permite que cada pessoa determine para si mesmo o que é bom e o que é mau.
Isto coloca a obra da salvação inteiramente sobre o indivíduo, que por sua preferência e vontade determina o curso da sua vida e suas próprias leis do que é certo e errado. Cada pessoa pode escolher arbitrariamente seus valores. Como pode alguém validar seu padrão de certo ou errado. Como alguém pode conciliar seus valores com o dos outros para fazer o sistema funcionar se não existe um referencial universal de um ser maior? Na época o padrão nacional da Alemanha era eliminar os Judeus. Este era o certo alemão. E o sistema de SHINTO a qual por meio dos camicazes elevou o suicídio a um ato de culto. Este é o resultado do carma. Se este negócio de carma existe, ele deve ser o padrão do certo e toda a humanidade está dominada por ele. Inclusive os mulçumanos que vivem em guerra santa a milhares de anos. Bim Ladem está certo ou errado? Pelo carma ele está corretíssimo. Assim nós podemos encher livros com exemplo de matanças religiosas, assassínios em massa, sacrifícios humanos e massacres heréticos; todos mostram que nenhum padrão absoluto pode surgir sem um DEUS INFITO E PESSOAL para sustentá-lo.
Ironicamente, as habilidades dadas a uma força impessoal pelos reencarnacionistas, são em todos os demais lugares negadas a um Criador Pessoal. A história da religião nos diz que mesmos as melhores intenções não fornecem às pessoas o poder para fazerem o que pensam ser direito. Um Exemplo: Lembre-se do dia do casamento em que você jurou estar junto até à morte. Depois vieram os filhos. Você disse que os amava. No entanto você os abandonou, e nem o pranto deles e o pedido da esposa foram o suficiente para fazer você ficar em casa. Cito isto para você ver o perigo de você seguir sua consciência. Ela se corrompe, ela se entorpece. Você vira uma vítima do momento e das circunstâncias.
Foi o carma que fez isto?
Os judeus com sua lei, os mulçumanos com sua ética, os cristãos com seus padrões e moralidades, todos notam que há alguma cousa em nós que nos impede de mantermos uma excelência moral. Mesmo a nível humano quantas vezes juramos a nós mesmos que vamos ler um livro por mês, vamos levantar mais cedo, vamos caminhar, vamos fazer dieta, fazer novos amigos e tudo acaba simplesmente sem ser feito. Se não cumprimos nossas aspirações nesse nível elementar, como podemos esperar realizar alguma coisa no nível moral?
Então em uma análise final o carma não é um benevolente distribuidor de Justiça que havíamos pensado, mas antes é uma força maligna que nos envolve tornando-se um cruel superintendente. A experiência humana indica que o crescimento da dívida do carma é tão grande a ponto de não poder ser saldada.
O perigo de o próprio homem definir seu modelo de bem e de mal, de certo e de errado é que nós só nos julgamos bons quando olhamos para aqueles que julgamos ser pior do que nós e que na escala moral individual ou social e penal estão em desvantagem com relação ao que achamos bom em nós. Deus está acima de nós. O padrão é o de Deus.
Na bíblia quando Deus proibiu o homem de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal é porque não só o mal daquela árvore gerava morte, como também o bem dela gera a morte. O grande conflito da humanidade não é entre o bem e o mal, o certo e o errado. É entre a VERDADE E A MENTIRA. Jesus Disse: eu sou o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA e ninguém vem ao Pai se não for por mim. A verdade não é um conjunto de doutrinas recebidas de espíritos. A verdade é uma Pessoa e esta pessoa é o Filho Ressuscitado do DEUS VIVO - JESUS CRISTO.
O Carma, se analisado friamente é uma das piores criações da mente dos demônios e arraigado na mente humana humana. Algo infeliz e inconseqüente.
Imagine uma cena de um pedófilo abusando de uma criança, expondo-a a sofrimentos a ponto de quase matá-la. Você olha para este quadro, passa a analisá-lo do ponto de vista do carma, e finalmente conclui e diz à menina: isto é porque em outras vidas você fez por merecer isto. Isto é um absurdo, isto não saiu de Deus. Deus não põe pecadores condenados exercerem juízo sobre ninguém.
Deus é Juiz, o único que pode julgar o ser humano e esse julgamento ele atribuiu a Jesus Cristo que por ser o Filho de Deus e Filho do homem ao mesmo tempo, Deus o constituiu juiz sobre toda a Carne.
Se o Carma existe, ele é do Diabo. Deus não paga mal por mal. Ele mostrou isto ao dar seu Filho Jesus para morrer em nosso lugar. Fizemos mal a Ele. Ele nos dá a vida eterna fazendo Jesus sofrer a punição em nosso lugar. O carma contraria e nega a redenção que Deus ofereceu ao homem.
As vidas dos que crêem no carma e na reencarnação é muito triste. O Espírita passa a vida toda, 10, 20, 30, 40, 60, 70, 80 ou 90 anos tentando pagar uma dívida que Jesus Cristo já pagou. E o pior de tudo é que no final você não vai conseguir. O que você pode produzir é uma moeda que não tem valor algum no reino de Deus. Não tem valor de troca.
Pense bem: Se qualquer homem pudesse construir com seus esforços um caminho para a vida eterna, Deus precisaria enviar seu Filho Jesus ao mundo para nos dar esta vida? Responda com sinceridade. Não pule para o próximo parágrafo sem responder isto.
Amigo espírita, tenho uma boa notícia para você: Jesus já pagou sua dívida, já pagou pelos seus pecados. Você não tem mais que pagar por nada. Eu sei que isto te irrita. Mas porque você fica chateado, irado com Deus, por Ele ser melhor do que você pensa?
Você precisa aceitar o que Jesus fez por você. Creia nele.
Vou finalizar aqui este estudo, mas vamos voltar a conversar em outros temas que acrescentarei. Se você quer perguntar, oferecer contraditório pode utilizar o espaço do próprio site e estaremos trazendo o Evangelho de Jesus Cristo para você. "Este é o verdadeiro Deus e a Vida Eterna" Se você quer receber Jesus e não sabe como fazer isto entre em contato com nossa igreja e nós te auxiliaremos.
Ex-espírita conta como conheceu a Verdade
Tipo: Testemunhos / Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
O ex-espírita Ricardo Magalhães concordou em responder a diversas perguntas feitas pelo pastor Airton Evangelista da Costa, como a seguir, em que conta como, quando e por que deixou o espiritismo, depois de vinte anos de doutrina kardecista. Vejamos.
O entrevistado começou com o seguinte versículo da Bíblia:
"Nós somos de Deus; quem conhece a Deus nos ouve; quem não é de Deus não nos ouve. Assim é que conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (1 João 4:6)
P - O que o levou a aderir ao espiritismo?
R - Nasci em berço espírita. De pai e mãe espíritas, aos 2 anos e meio de idade já participava das aulinhas na Federação Espírita Brasileira (FEB), junto com minha irmã mais velha, que tinha 4 anos. Cresci aprendendo seus ensinamentos e me aprofundando neles. Quanto mais estudava, mais me conscientizava de que esta doutrina retratava a mais pura verdade e entendimento. Em parte, seria a ciência explicando muito da religião. Quanto mais estudava, mais revelava. Crítico desde cedo, nunca aceitei nada antes que pudesse compreender, inclusive dentro da própria FEB, que tanto questionei seus palestrantes, professores, etc. Às vezes tinha até um certo "receio" de levantar meus questionamentos, porque ia o resto do tempo inteiro que tínhamos sem que a questão pudesse, a fundo, ser resolvida.
P - O senhor chegou a ser um líder no espiritismo?
R - Não. Era comprometido com os trabalhos e fazer a minha parte. Participei por alguns anos de grupos espíritas no trabalho fraterno, trabalhos de desobsessão, passes, cura, outros.
P - Qual a diferença entre ser espírita e ser espiritualista?
R - Esta é uma grande questão que costuma irritar muito os espíritas, eu também me irritava bastante. Espiritismo é um termo criado pelo codificador do Espiritismo, Hypolite Léon Rivail Denizard, vulgo Allan Kardec, para designar a sua doutrina. Espírita, termo também criado por este, significa aquele que faz parte desta doutrina. Em uma palavra, espírita é o kardecista. Espiritualista é todo aquele que acredita no mundo espiritual. Dentre as doutrinas espiritualistas, encontramos o espiritismo. Logo, todo espírita é espiritualista, visto que crê no mundo espiritual, porém nem todo espiritualista é espírita, por não acreditarem, seguirem ou até mesmo terem estudado a doutrina espírita. Chamar por exemplo a prática do candomblé de espiritismo costuma ofendê-los bastante.
P - O senhor desenvolveu o dom de médium, e, se positivo, a experiência foi saudável?
R - Sim. Gostaria de retirar a palavra dom, visto que, particularmente vejo dom como algo que é recebido da parte de Deus gratuitamente, do original grego, vem da raiz caris significando graça, dádiva, favor, dom…. já mediunidade, é colocado como uma faculdade latente em todos os indivíduos, podendo apresentar-se de diversas maneiras e serem desenvolvidas. Chega a ser classificada mais de cinquenta tipos, mas dentre as chamadas mediunidade de tarefa, desenvolvia vidência-clarividência, "encorporação", e dizendo eles, cura e audiência. Eu gostava muito da idéia de poder ser "usado" para ajudar outras pessoas e como também a espíritos em situações de necessidade, "cumprir um compromisso feito antes de encarnar", mas em reuniões de desobsessão por exemplo, preferia exercer o papel de doutrinador, que a princípio, no máximo é auxiliado pelos espíritos por um processo intuitivo.
P - O que há de mais negativo em ser médium?
R - Algo visto pelos espíritas como mais negativo é justamente o fato de desenvolver e abandonar o trabalho, visto que a possibilidade de tornar-se um esquisofrênico entre outros, é gigantesca. Para mim, dentre tantos, o que há de mais negativo é o laço que você faz com estes espíritos. Para quebrar isto, é muita luta. E eles não desistem fácil, se é que algum dia desistem.
P - Os médiuns podem negar-se a receber algum espírito?
R - Em teoria, quanto mais o médium desenvolve sua mediunidade, mais ele pode controlá-la. Até mesmo nos processos inconscientes, Kardec explica que é intermediado pelo espírito do médium. Ou seja, seu espírito não sairia para "entrar" outro espírito, mas ele daria liberdade para que este pudesse atuar, passando sempre por esta triangulação. Em uma palavra, segundo esta teoria, sim. Segundo a prática que conheci, depende do desenvolvimento do médium, do meio e da influência que recebe.
P - Em que momento, em qual circunstância e porque o senhor mudou do espiritismo para o cristianismo?
R - Certa vez, levei um caso a um dos grupos que participava, de uma pessoa com distúrbios bi-polar, esquisofrenismo, diagnosticado como um dos mais complicados da américa latina, após passar por tratamentos em São Paulo e até mesmo na américa central, não me recordo com exatidão onde. Empolgado com o sucesso em tantos casos absurdos e impossíveis, levei este caso, porém com o decorrer das sessões, nada melhorava. Senti então que deveria atuar, onde não era indicado a participar diretamente, visto a ligação que tinha com a pessoa, mas conseguia ver e atrair para o grupo espíritos que não estavam sendo "puxados" e assim passei a fazer. Mas isto não durou muito tempo, porque eu realmente comecei a ficar louco. Tinha crises constantes, hora estava bem, hora estava desnorteado, alegre, triste, sentimental, esquecido, entre tantos outros sintomas normais a quem estivesse começando a desenvolver a mediunidade, ainda mais sem o acompanhamento dos espíritos "mais elevados", o que não era o caso. Além de nada melhorar, mesmo estando agora, eu a me tratar, sempre foi muito bem explicitado de que aquele que desenvolveu a mediunidade, e parar de "trabalhar", ficaria maluco mesmo, visto que estaria com um canal aberto, sem uso por bons espíritos, na qual, estes deixariam de proteger o médium para trabalhar com outros mais comprometidos, ficando a mercê dos mais baixos espíritos. (Abro este parentêses para glorificar o nome de Deus que está acima de todas estas coisas.) Mesmo assim tirei uma licensa do grupo provisoriamente, apesar de não bem aceita a idéia por estes ou pelos espíritos, mas necessária para o desenvolvimento e conclusão de minha monografia. Neste período, estava namorando uma pessoa evangélica, e como aos domingos não tinha compromisso com a minha religião, as vezes, ia com ela a igreja. Como me considerava cristão, gostava muito de ouvir falar de Jesus, mesmo que achasse que os pastores não entendiam quase nada do que pregavam, principalmente em termos de milagres. Mas, como bom kardecista que era, aprendi junto a esta doutrina o método pestalozziano, que Kardec utilizou ao estudar os fenômenos mediúnicos que aconteciam na época da codificação. Como fé e razão não se batem, deixei de lado a essencia racional e foquei em parte do conceito no que diz respeito a desarmar-se, abrir mão dos seus pré-conceitos, e analisar, ou no caso, viver o objeto em questão. Somente depois viria com as críticas e refutações. Assim fiz, guardei todos os meus conceitos e conhecimentos em uma caixinha em algum lugar do meu cérebro e ia a igreja sem querer procurar erros, comparações ou algo em que poderia sustentar uma refutação, mas para ouvir a ministração das boas novas, me sentia bem. Neste período, passei por momentos muitos difícies, e esta namorada, me falava constantemente de Deus. As vezes me irritava a suposição de que ela tivesse Deus e eu não. De que era cristã e eu não. De que ela era convertida e eu convencido. Como assim, ela tem Cristo e eu não? Ela não sabe nada de Jesus a não ser a leitura superficial que tem, assim eu pensava. Mas ela falava de um Cristo diferente, um Deus Vivo, e eu comia e bebia daquelas palavras. Aprendi e também teorizava de que, Deus, um ser perfeito que havia feito tudo perfeito. Sua natureza era perfeita, e suas leis também. Portanto, não existiria a menor possibilidade dEle necessitar intervir naquilo que era perfeito, só se houvesse erros para que ele precisasse "consertar", o que é incompatível com Deus. Os milagres seriam simplesmente fenômenos que muitas vezes não poderíamos ainda explicar, da qual Kardec abordava a maioria dos milagres executados por Jesus com algumas suposições. Mas este Deus era diferente, parecia mais presente, e começava a falar diretamente comigo. Aprendi na doutrina espírita que Deus era onisciente, onipresente e onipotente. Pouco sobre Deus. Mas este Deus que conhecia, relacionava-se comigo de maneira viva e real. Foi então que nas minhas idas a igreja, resolvi aceitar ao Senhor Jesus. Perguntavam se eu queria mais daquilo que estava sentindo e não sabia explicar. E eu sempre levantava a mão. A partir daquele momento, minha vida revirou. Pouco tempo depois, fui a um encontro espiritual, numa chácara. Lá entendi que eu era como Jacó, vivi a luta do vale de Peniel com o Senhor. Acreditava que não tivesse grandes pecados por observar sempre os mandamentos. Lembro-me aqui sobre o homem rico (Mc 10:17-23). Foi então que descobri o meu maior pecado. Por acreditar que Deus não se relacionava a não ser das maneiras naturais, para mim, quase tudo estava acima de Deus. Não de maneira direta, mas indireta. Minha vida não era dedicada a vontade de Deus, apesar de antes acreditar que sim. Estava na FEB ou centros de segunda a sábado. Mas entendi que nada daquilo era adorar a Deus, era servir a vontade de Deus, mas sim o que achava ou entendia que era. Foi então que publicamente peguei o microfone naquele lugar e desabafei, me coloquei como Jacó, mas queria minha benção, queria ser Israel. Logo após, teve um teatro, que mostrava o homem, cheio de pecados, cheio de impurezas, e era assim que me sentia, como um sepulcro caiado. Por fora, fisicamente, tão lindo, por atos, tão maravilhoso. Mas por dentro eu me sentia podre. Chorava bastante assistindo esta peça, mas as lágrimas somente escorriam de um olho, o outro estava seco. Então, na peça, Jesus entra, e transforma a vida daquele rapaz, o lava e o redime, o faz novo. Senti Deus falar ao meu coração que estava fazendo o mesmo comigo, e então comecei a chorar dos dois olhos, e no meu coração, conseguia entender o que aquilo significava. O amor do Senhor tomava todo o meu corpo, e toda a minha alma. Mas na peça, o personagem acabou voltando aos antigos caminhos, e a casa que estava limpa, ficou sete vezes mais podre. Falei então com Deus: Senhor, minha vida é sua, jamais afaste de mim a sua presença. Ali, minha vida foi transformada. Conheci ao Espírito Santo de Deus, a melhor coisa que já conheci. Tão diferente dos espíritos que conhecia. Estes, eram como eu, piores ou melhores, mas não tão diferentes. Mas este Espírito que Deus me deu, me faz ver o que realmente sou, e quão Santo Ele é. Me fez mudar o velho homem, renascer da água e do espírito, tão diferente da proposta explicação da reencarnação na conversa de Jesus com Nicodemos (Jo 3:1-21). Consegui abandonar meus vícios, abri mão de tudo que tinha na minha vida, e o Senhor começou a me lapidar. Sou novo homem, nova criatura, hoje sim, filho de Deus. Recebi o Espírito de Adoção, ao qual hoje, posso clamar Aba Pai! (Rm 8:15). E posso também receber a resposta, o conforto, a Paz que excede todo o entendimento (Fp 4:7). Deus amassou o barro, mostrou que eu não sabia nada da vida, nada do mundo espiritual, nada sobre Ele, não por Sua ótica. Mas me permitiu sentí-lO, e vivê-lO. Me permitiu saber que não sou nada, e que Ele é tudo. Me permitiu ver que minha arrogância e soberba, em acreditar que a inteligência, o aprofundamento científico, do conhecimento, esta sede, só me afastava dEle, assim como afastou Adão da presença de Deus (Ge 3). Me fez entender, que as coisas do espírito, só podem ser discernidas com o espírito, as da carne, com a carne, e ainda, que qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus (1 Co 2:11). Fora disso, estará no engano. Parei de questionar o homem, e passei a levar meus questionamentos ao Senhor, e então, aquela palavra que antes era morta, passou a ser Viva e Verdadeira! Hoje Deus me fala através de sua Palavra, através do seu Espírito. Hoje eu realmente entendo o que diz o versículo "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12). E sabe, isto tudo não é um romance, muito menos religião, aliás, está muito longe de ser religião. Devemos lembrar que segundo o autor cristão Lactâncio, a teoria mais aceita hoje é que, religião deriva do latim religio e este viria do termo religare, que significa nos ligar novamente, com Deus. E graças ao tEu imenso amor, deu o seu único filho para vir, e morrer por mim, e por cada um de nós, e nossa separação com Deus através de nossos pecados pudesse ser redimida, e para que ressucitasse ao terceiro dia, e aquele que o confesse e que ressurgisse com Ele tivesse também a vida eterna (Jo 3:5, 3:16, Rm 10:9-10). Jesus deixou de ser filho unigênito para ser primogênito, de muitos que viriam. Eu não conseguia entender a obra da cruz, não conseguia entender tantas coisas na bíblia. Não entendia como um ser puro e perfeito como Jesus poderia exclamar em alto e bom som o desamparo, "Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?" (Mc 15:34, Mt 27:46). Isto não era plausível. Mas Jesus estava tomado naquele momento todo o pecado do mundo, por todo aquele que existiu, e por todo aquele que viria a existir, e como Deus não habita no pecado, Jesus sentiu sua ausência e agiu conforme o pecado. Hoje me sinto como Paulo, antes, Saulo, do grupo dos fariseus, tão sábio, tão cheio de conhecimento, mas que um dia, teve um encontro com o Senhor Jesus. E sua vida foi transformada. Assim foi a minha. Hoje, minha vida é para o Senhor. Meu casamento é para Ele, meu filho será para Ele, meu trabalho é para Ele, tudo, para a Honra e a Glória do tEu Santo Nome Jesus Cristo. Jesus é vivo, e o pentecostes, o trabalho do Espírito Santo, não está trancado lá no passado, não. Jesus não o deixou para os discípulos. Deixou também para Paulo, para a imensa comunidade de gentios que aceitaram a Jesus e o receberam como Senhor. Isto prova que é para quem o recebe como Senhor e Salvador, e não para simplesmente os discípulos que viveram com Ele. Hoje eu pergunto aos meus irmãos: Jesus é vivo para você? Ou Ele é o exemplo para você? Jesus é Deus para você? O Espírito Santo é Deus para você? Não? Você não consegue explicar isso não é mesmo? Não faz sentido, isto é uma má e superficial interpretação da Bíblia? Hoje eu te digo que em verdade, você não precisa entender, o que você precisa é crer! Jesus disse, bem aventurados os que não viram e creram (Jo 20:29). Mas te digo mais, o Senhor conhece o meu coração, e me permitiu, que após cresse, eu pudesse entender, agora com o tEu Espírito, muito de tudo isso. É Ele quem revela, a quem quer, quando quer. Hoje eu oro pela tua vida, de você que leu, que antes, era como eu, mas que hoje, quer conhecer aquilo que não consegue entender, que não pode ser possível, mas, se verdade há nesse Deus que hoje prego, que Ele possa mostrar isso a você também, e que, você que aprendeu com Kardec a idéia se que se algo há de errado, seria humilde pare reconhecer, possa assim fazer, como eu fiz, e aceitar ao Senhor em seu coração, aquEle que morreu por você, para redimi-lo de todos os seus pecados, ressurreto ao terceiro dia, para que ressurgindo com ele, e aceitando esta verdade, venha ter a vida eterna. Eu oro em o nome do Senhor Jesus. Se você concorda com a oração, diga Amém. Se prefere o assim seja, pode ser também. Nunca mais voltei ao centro ou grupos que trabalhava. Hoje não sou mais kardecista, sua base se tornou inconsistente, não somente isso, mas contrária ao cristianismo que hoje conheço. A religião evangélica hoje, é a que vejo a busca ao Senhor, a sua Palavra, e permite que o Espírito Santo, seja o que ele realmente é, nosso ministrador, CONSOLADOR. Por isto, hoje sou evangélico, mas lembre-se, não é religião.
P - O senhor participou de muitas palestras sobre o espiritismo? Participou de algum curso para se aprofundar em suas doutrinas?
R - Muitas. Palestras, desde os companheiros de centro a Divaldo Franco e Raul Texeira. Livros, desde a codificação básica de Alan Kardec até a grande parte dos livros psicografados ou não, aceitos pela FEB, e ainda de outras doutrinas espiritualistas. Fiz "Mocidade" (acho que era assim que chamava) até os 18 anos , o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE), Desenvolvimento da mediunidade.
P - O que mais o decepcionou no espiritismo?
R - Acredito que nesta pergunta se refira ao espiritualismo. Penso que hoje, continuo sendo espiritualista, visto que continuo crendo em Deus, na alma, forças que regem além do mundo material, o mundo espiritual, aliás, agora mais do que nunca. Chega a ser mais real do que este que vemos com os olhos da carne. Mas o que decepciona com relação ao que conheço das outras doutrinas espiritualistas, independente de qual seja, inclusive kardecista, é o espírito do erro (1Jo 4:6). Mas não vou falar a respeito, lembre-se do que disse a respeito de discernir coisas do espírito com o espírito. Os que antes discerniam com o espírito de engano, e hoje discernem com o Espírito Santo, sabem a que me refiro. Os que não, espero de coração que um dia possam ter essa experiência.
P - Qual foi a sua maior decepção no espiritismo kardecista?
R - O espiritismo não decepciona o nosso ser lógico e racional, a nossa carne. Muito pelo contrário. Tanto é que uma das pessoas mais importantes do Seicho-No-Ie e bom conhecedor da doutrina espírita, certa feita, resolveu separar uma noite para me ouvir falar, porque me conhecia, e não conseguia entender tamanha conversão, não fazia o menor sentido. Mas te digo que a letra mata. Hoje penso que Deus não quer que nos salvemos pela letra, mas pela sua Graça, e não de graça como dizem. O homem nasce com um profundo vazio em seu ser, que é a ausência da comunhão com Deus, perdida lá no jardim no Éden. E com o decorrer da vida, ele busca esta comunhão, eu buscava… e como buscava. Mas verdade maior não há de que, a falta de Deus, somente Deus pode suprir. Acredito na teoria de, quem busca… acha. (E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. Je 29:14) Não sou contra meus conterrâneos de espiritismo, pelo contrário, gosto muito deles. Entendo perfeitamente a certeza que tem, porque as tem. Não acredito ainda que algum evangélico, por ele mesmo, vai convencê-los de coisa alguma. Inclusive, acredito ainda que a discursão intelectual (se é que podemos tratar assim) não é o caminho para alcançar ao Senhor. Como já disse, acredito que a sede pelo conhecimento foi o que nos derrubou da presença de Deus. Acho que, ao máximo, podemos despertar alguma curiosidade, e lançar a palavra de Deus, que não volta vazia, para que o Espírito Santo possa trabalhar. É Ele, e somente Ele, que convence do pecado, da justiça e do juízo. Deixemos Ele fazer a parte dEle, é o melhor, nós, vamos fazendo a nossa. Mas dentre o básico eu diria que, ao crer no espiritismo, eu tinha a certeza de que teria a continuação da vida, e ainda outras vidas, independente de ser um seguidor de tal prática. Se morresse sendo evangélico, mas as coisas fossem como diz o espiritismo, teria que um dia tomar consciência disso e tocar em frente. A decepção para mim está que eu acredito no que diz a bíblia hoje, e que perdi tanto tempo nisso tudo. E se são como está escrito que será, ao morrer, quero ter certeza da vida eterna, sabendo que tenho a salvação e a desenvolvo a cada dia. Enquanto não morro, quero ter a alegria, segurança e temor do Senhor.
Testemunho da ex-médium Mary Grace Hughes
INFÂNCIA
Sou de uma família de quatro filhos: dois homens e duas mulheres, meu pai e minha mãe. Minha mãe foi muito infeliz por causa das muitas ausências do meu pai. Mamãe era indiferente com relação a religião. Diziam-se católicos, porém simpatizante do espiritismo.. Naquela época os crentes eram muito marginalizados pela sociedade. Ser crente era ser inferior e sem cultura. Ser espírita ou mesmo simpatizante do espiritismo era uma “coqueluche” da cultura brasileira. Esta foi uma das causas da decadência moral, política e social do Brasil, pois a mente de um país espírita fica alienada a “carmas” sofrimento e pobreza, conformismo e etc. Quando tinha dez anos minha mãe sofreu de uma doença paroxística difusa que afetou sua personalidade. Ela foi para um sanatório e aquele quadro machucou muito meu coração, pois eu a amava muito.
Nesta ocasião meu pai já havia constituído nova família. Os divorciados eram muito discriminados naquela época eu e meus irmãos passamos a ter dificuldade por ser filhos de pais separados. Muitas vezes fui convidada, como criança, a me retirar de uma casa por causa deste motivo. Meu círculo de amizade passou a ser com crianças com quadro semelhante ao meu, Sem meu pai e minha mãe em casa minha vida passou a ser um tormento. Fui me tornando uma pessoa muito triste. Minha casa era o último lugar em que eu queria estar. Passava maior parte do meu tempo na rua. Sempre encontrava uma maneira de fazer dinheirinho para pipocas, sorvetes e material para construir meus próprios brinquedos.
Eu sempre questionava o porquê daquele sofrimento.
ADOLESCÊNCIA
Com quatorze anos de idade passaram a acontecer fenômenos paranormais. Em minha casa janelas abriam e fechavam, vultos passavam ruídos estranhos. Tinha impressão de que alguém estava em casa o tempo todo. Muitas vezes a temperatura da casa se modificava e dava a impressão de ambiente mal assombrado.
Uma vez recebi uma visita de uma prima minha e um destes vultos se materializou para ela na forma de um macaco gigante. Ela ficou em desespero aterrador. Passei a ser muito sensitiva. Perdi o medo e passei a conversar com uma “presença” espiritual Um dia esta presença se manifestou na forma de um índio passei a ter vontade de vestir e agir como um índio. Pintei metade do meu rosto e fui pro quintal brincar de índio. (Neste tipo de manifestação é como se existisse uma mente paralela a da pessoa, não há confusão de personalidade, a pessoa tem plena consciência de si e da entidade. São duas mentes distintas) Segundo os espíritas eu era uma médium, e para me livrar deveria desenvolver minha mediunidade num centro espírita. Não me interessei pela proposta.
Às vezes eu ia ao centro espírita Kardecista para tomar passes. Lá eles falavam de Jesus e me confortavam. Eles me asseguravam que não existiam demônios nem Satanás e sim espíritos que interferiam em nossa vida se não desenvolvesse a mediunidade Naquela ocasião me tornei simpatizante do espiritismo. Enquanto isto a situação de minha família se agravava cada vez mais. Minha mãe nunca voltou ser a mesma. Naquela época comecei a freqüentar bares noturnos, o cigarro, a bebida, os amigos me fizeram sentir outra pessoa. Sentia-me livre e adulta. Finalmente encontrei um ambiente onde era aceita.
Aos quinze anos eu já havia sido internada em hospital psiquiátrico espírita por duas vezes. A enfermeira me levou a uma sala no interior do hospital onde pude observar os espíritos se comunicando através dos médiuns. Eram pessoas cultas e de alto nível social. Um ano mais tarde fui internada pela terceira vez no mesmo hospital. Meus exames médicos não acusavam nada. Eles sempre insistindo que eu deveria desenvolver minha mediunidade.
Internada em um Sanatório.
Meu pai me mandou para um hospício. As condições eram as piores possíveis, muita gente assustadora por causa da loucura e dos excessos de comprimidos. Procurava não tomar os comprimidos, mas um dia a enfermeira descobriu e passou a me obrigar e eu fiquei igual às outras internas: ria à toa e falava molemente. Fiquei seis meses no sanatório. Fui muito dopada com injeções, para calarem minha boca tendo em vista o que eu presenciara naquele lugar, inclusive maus tratos que levou à morte de uma interna.
De volta para casa
Quando saí do sanatório voltei ao convívio com o título de “pancada” da cabeça. Achei amizade agora só com pessoas pervertidas, o que tinha de pior na cidade.
Um dia orei a Jesus pedindo a ele que queria ser uma moça normal.. Queria ter alguém que me amasse. Sonhava em casar-me e sair daquela cidade. Eu tinha todos os sonhos de uma adolescente.
Eu não queria ser espírita, não me interessava pelos mortos; não queria ser médium.
Minha aparência melhorou e logo conheci meu futuro esposo e aqui neste testemunho vou chamá-lo d Carlos.
Era de boa família bom status social. Muitos o avisaram contra mim mas ele faz seu próprio julgamento. Ele era católico praticante. Arrumei um trabalho de manequim. Comecei a desfilar, as pessoas me aplaudiram eu era admirada e reconhecida. Passei a ser modelo exclusiva da Maruere, uma Cia Japonesa. Passei ater um salário altíssimo. Agora o patinho feio se transformara num lindo Cisne.
Três anos depois estava casada. Tive um lindo filho chamado Fábio. Já possuíamos um próprio negócio de confecção. Com os anos meu casamento foi sofrendo um desgaste. Eu e Carlos nos amávamos, mas não éramos felizes. Tentávamos de todo jeito até que Carlos procurou um Centro Espírita Kardecista. Ele era de forte formação católica. Fiquei impressionada com esta decisão. Ele trouxe um recado de um médium que eu deveria ir lá também. Quando não temos conhecimento da bíblia e não sabemos quem estes espíritos realmente são, a experiência com os espíritos se torna a de uma “presa na rede” A comunicação é real, mas eles não são um ente querido, mas demônios, espíritos familiares que passam na mesma família de geração em geração. Eles conhecem nossa vida, nossos antepassados e sabem de detalhes e segredos a nosso respeito que estavam ocultos. Através dos médiuns eles nos revelam o que viram e convencem que sua doutrina é verdade, principalmente porque eles falam o nome Jesus. Veja o que a bíblia diz sobre isto em I TIMOTEO 4:1. “MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.”
Na semana seguinte fui a uma sessão espírita. A médium atendia um a um antes da sessão de desobsessão. (Segundo o espiritismo, nesta sessão os espíritos dos mortos se manifestam através do médium. Eles são doutrinados e levados por outros espíritos para diversas partes do mundo espiritual dependendo da sua evolução e do tratamento que necessitam. Na maioria das vezes este espírito de luz também chamado de “anjo de luz”, mentor do centro ou do médium principal, manifesta-se dando uma mensagem) O Crente em Jesus Cristo que conhece a bíblia não se deixa enganar, pois assim diz a palavra de Deus: “II CORINTHIOS 11:13,15” Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.(referindo-se aos médiuns)E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros (médiuns) se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.
Fiquei impressionada com as palavras de conhecimento da minha vida, sobre assuntos cotidianos. Ele disse que eu tinha de estudar o Evangelho do Espiritismo, O livro dos espíritos e as obras de André Luiz. Se eu não fizesse minha vida nunca seria próspera e os espíritos obsessores me perseguiriam, pois eles eram pessoas que em vidas passadas , nós os prejudicamos, perseguimos, atormentamos e em alguns casos até os assassinamos. Agora eles nos perseguem até que haja um acordo de paz ou uma reencarnação expiatória. Ai, eu me perguntei: Porque fugir do espiritismo? Afinal eles falam em Jesus, praticam a caridade e nunca os ouvi falar que deveríamos praticar o mal.
Mergulhei da cabeça no espiritismo. Dediquei-me a descobrir o que ensinavam. Fiquei impressionada quando eles me disseram que o CONSOLADOR, o espírito da verdade, que Jesus Cristo prometeu era o ESPIRITISMO. Fiquei atônita porque esta teoria espírita explicava meus sofrimentos, os desajustes de minha família (só não os resolvia) explicava e alimentava o meu intelecto. AQUI O PEIXE CAIU NA REDE.
UMA ESPÍRITA ATUANTE
Uma nova etapa começou em minha vida. Feliz pela literatura espírita que satisfazia meu intelecto, mas nunca a minha alma, e motivada pelo amor que eu nutria por Jesus, passei a seguir o Kardecismo.
Seis meses após o meu encontro com aquele médium meu casamento acabou. O amor acabara. O espiritismo trouxe a “solução” para o nosso casamento: segundo os espíritos, nossa etapa juntos acabara; teríamos de seguir nosso destino, separados. Mais tarde eu já estava num relacionamento confuso e decadente, envolvimento este que me custou caro: meu filho, minha paz e minha saúde. Chamarei este indivíduo com o qual me envolvi de José. Muitas vezes quis sair deste relacionamento, mas era muito difícil. Era como se minha própria vontade nada valesse. Machucamos muitas pessoas por causa deste envolvimento, mas segundo os espíritos não adiantava lutar contra, pois nos reencontrávamos para uma nova etapa de evolução. Segundo os espíritos nossa união já havia sido ordenada antes de nos reencarnarmos.
Sete meses mais tarde nos unimos para o bem ou para o mal. Mas só aconteceu o mal. José sofrera uma perseguição de seu melhor amigo, uma ação judicial que nos custou seis lojas de confecção mais a falência.
Devido a falta de condições financeiras e instabilidade entreguei meu filho ao seu pai para cuidasse até que as cousas melhorassem. O menino tinha apenas três anos de idade. Devido a novo ramo comercial tivemos que viajar para outras cidades e fixarmos residência de até dois anos em cada cidade. Eu e José éramos fieis ao espiritismo, em toda cidade que passávamos visitávamos os centros espíritas. Nós divulgávamos a doutrina aonde quer que fôssemos. Em 1982 mudamos para Belo Horizonte, onde por dois anos freqüentamos a cidade de Pedro Leopoldo, cidade natal do famoso médium Chico Xavier, o Centro Espírita Bezerra de Menezes.
O fundador daquele centro era o continuador das tarefas assistenciais de Chico Xavier, desde que o famoso médium se mudara para Uberaba. Nosso primeiro encontro com o médium de |Pedro Leopoldo foi muito marcante. Estávamos impressionados com sua mediunidade. Vários espíritos se manifestavam ali: desde Bezerra de Menezes até Scheilla que, segundo os espíritos, fora uma enfermeira na segunda grande guerra mundial. Ela também era filha do espírito do Dr. Fritz, um espírito que vem se manifestando através de vários médiuns promovendo diversos tipos de curas e cirurgias espirituais. A maioria dos médiuns que se envolveram com este espírito morreu tragicamente para se cumprir o que a bíblia diz em Levítico 20:27. “O homem ou a mulher que entre vós for médium ou feiticeiro, certamente serão mortos, serão apedrejados, e o seu sangue cairá sobre a suas próprias cabeças”
Neste mesmo dia após fazermos a distribuição de sopa fomos para o interior do centro, onde o médium diretor convidava diversas pessoas para sentar-se à volta da grande mesa. Aquele velhinho me tratou com muito carinho e foi me dizendo: “Eurípedes Barsanulfo pediu-me que cuidasse de você com muito carinho” Aquilo foi um impacto para mim. Este nome era o mentor espiritual do centro que eu freqüentara antes. Freqüentei aquele centro por dois anos. Na ocasião meu guia espiritual se manifestou. Ele fazia parte da falange de Scheilla. Conheci os maiores médiuns do Brasil.
Lembro-me de ter compreendido como os médiuns sofrem.Quanto maiores são as manifestações sobrenaturais, e mais alta a posição do espírito mentor da linhagem espiritual, mais o médium sofre. Na maioria dos casos ele padece de doenças progressivas. Acidentes de carros eram comuns. O médium daquela instituição, que passou a ser meu padrinho espiritual, andava arrastando, pois tinha parafuso emendando diversas partes do seu corpo, devido a um sério acidente de carro. Aprendi com ele a renunciar a mim mesmo em favor da doutrina dos espíritos e ser tolerante nos momentos de provas e expiações. Quando certos problemas viessem, teríamos de suportar, tolerar e sofrer em silêncio, para que pudéssemos evoluir. Era um luxo ser médium e ser pobre.
Meu padrinho era muito procurado por pessoas de todas as classes sociais. A resposta era sempre a mesma: Mediunidade. Segundo a doutrina dos espíritos todos são médiuns. Se você já foi a um centro já deve ter ouvido isto. O quadro das congregações espíritas é mesmo. Muitas pessoas sofrem de perseguições judiciais, perdem seus bens e vão à falência. Vinham em busca de consolo e a resposta era sempre a mesma: mediunidade. “Este é o seu carma, na próxima reencarnação você estará livre desta dívida. A terra é um lugar de provas e expiação”. Os problemas mais comuns eram os familiares. A cada dez famílias, oito estavam enfrentando desilusões, separação e divórcio. Outros problemas muito comuns eram de ordem psíquica, perturbação espiritual.
Em todos os casos os guias apresentavam sempre a mesma solução: renda-se aos espíritos, desenvolver mediunidade, freqüentar sessões espíritas, tomar passe e água fluída. Os resultados eram sempre os mesmos: as pessoas não encontravam uma solução positiva para os seus problemas. Nada melhorava apenas as pessoas ficavam conformadas com o fato de que carregavam consigo uma grande carga de culpas de vidas passadas. Sem conhecer verdadeiramente a pessoa do Senhor Jesus Cristo, o Filho ressuscitado do Deus Vivo. As pessoas se comprometiam com as práticas espíritas, caridades ajudando as mais infelizes que elas. Quanto aos perturbados, se não se envolvessem com a doutrina espírita, acabavam sendo levadas a loucura pelos espíritos e internados em hospitais psiquiátricos como eu fora.
No ano de 1984 mudamos para os Estados Unidos. Durante este tempo fundamos naquele país, EUA, um grupo espírita em Forte Lauderdale, Flórida, que se dissolveu quando voltamos ao Brasil em 1986.
Neste período eu já tinha fortes experiências com os espíritos, pois desenvolvera diversas mediunidades. Uma foi a experiência fora do corpo, chamada pelo espiritismo de desdobramento. Conhecida também como viagem astral. Era muito fascinante, pois eu era levada pelos espíritos a diversos locais no mundo espiritual, até países e cidades distantes. Eu volitava pelas montanhas, bosques, florestas, praias e rios. Entrei até mesmo em um vulcão. Já saí de meu corpo e toquei-o fora de mim, passeava pelo meu quarto com meu corpo na cama e tocando todos os objetos de uso pessoal.
Quando eu estava nos EUA, ia ao Brasil levada pelos espíritos e visitava familiares, amigos e etc. Era muito comum eu ter notícia de familiares e amigos antes mesmo que elas chegassem a nós pelos meios naturais. Meu esposo estava habituado a este tipo de experiência que eu tinha.
Em uma ocasião, no Brasil, hospedado na casa de meu padrinho espiritual. A noite eu e meu esposo, na cama. Conversando quando vi o meu padrinho espiritual entrar pela porta do quarto. Eu estava tão habituada a exercer a saída do corpo que desejei estar ali com ele. Exerci a queda da respiração, e em segundos estávamos juntos no quarto, em espírito. Fomos para a sala de jantar onde ficamos conversando por dez minutos, Eu o acompanhei até ao portão da casa. Ele me pediu que eu voltasse para o meu corpo e ele seguiu volitando para o céu afora. Voltei para meu quarto, entrei em meu corpo e relatei a experiência ao meu marido. Na manhã seguinte à frente de várias pessoas, meu padrinho veio e disse que ontem à noite ele não pode me lavar aonde foi. Eu me considerava privilegiada, pois poucos médiuns têm este tipo de experiência. Ficava feliz por fazer parte de uma minoria.
Por várias vezes quando estava em desdobramentos corri sérios perigos. Sempre havia algum tipo de armadilha para me pegar. Na maioria das vezes via meu mentor espiritual ao meu lado. Em algumas ocasiões ele me levava para um túnel escuro, dentro dele eu começava a sentir uma forte pressão, como se um aspirador magnético muito forte me puxasse. Ao ser sugada, o túnel se tornava cada vez mais horrendo, eu sentia calafrios. Muitas vezes eu sentia que uma força diferente me livrava da experiência. Nunca me preocupei mesmo sabendo que corria risco de morte, pois eu confiava no meu guia espiritual. (Eu não sabia quem realmente ele era...)
Meus problemas pessoais e familiares eram grandes; a opressão e a perseguição espiritual vinham de todos os lados. Eu estava sempre doente e muito infeliz. Contudo quando eu olhava meus mestres espirituais, eu me considerava feliz, pois todos sofriam perseguições espirituais, a maioria deles padecia de doenças e enfermidades piores que as minhas. Quem era eu para reclamar. Eu era apenas uma simples cooperadora do espiritismo e dos espíritos, se comparada a grandes médiuns de renome. Quando eles me revelavam meu “passado”, “vidas passadas” eu me sentia a pior das pessoas, sem o mínimo de merecimento. Eu sofria calada, sempre esperançosa de uma vida futura melhor, “nas próximas reencarnações”.
Eu renunciara meu direito a um lar feliz, sadio e estável. Eu sentia muita falta do meu filho. A saudade doía. Muitas vezes eu chorava calada por estar distante dele. Buscava nas crianças ao meu redor a imagem de meu filho nas diferentes idades. Muitas foram as vezes que ansiava ter meu filho no colo, beijá-lo, levá-lo ao parque. Entre nós estava a distância, meu marido e a vida nômade e instável. Poucas vezes tive a felicidade de ter meu filho comigo, por alguns dias ou algumas horas.
LÍDER NO ESPIRITISMO
No ano de 1986 voltamos ao Brasil, estabelecemos uma fábrica de confecção na cidade de São Joaquim da Barra/SP. Nesta ocasião ansiava por restabelecer meu lar e ter meu filho comigo. Meu esposo se opôs totalmente à minha vontade, ele não aceitava que meu filho morasse conosco. Meu filho passou poucos finais de semana comigo e, muitas vezes, chorei por isto.
O tempo passava e meus anseios de mães eram sufocados. Um dia meu padrinho espiritual me trouxe um consolo por parte dos espíritos. Ele pedira ao doutor Bezerra de Menezes (espírito) que lhe apontasse o quadro espiritual entre nós três (eu, meu esposo e meu filho) em vidas passadas. O espírito do Dr. Bezerra de Menezes mostrou-lhe as páginas de um livro que registravam o seguinte CARMA: eu e meu atual esposo éramos casados legalmente. Meu filho naquela época era meu amante e, juntos assassinamos de modo cruel meu esposo. Era, portanto necessário que a dor da renúncia e da separação pagasse o carma contraído. Cri piamente nesta explicação para os acontecimentos. Com isto eu perdi toda energia para lutar ou querer mudar os fatos. O barco teria de seguir seu destino.
Eu poderia mudar os fatos sim, mas, segundo os espíritos, iria contrair novas provas e novas provações fora do meu destino e teria de pagar tudo de novo em uma vida futura.
Fico a pensar em quantos quadros e situações como estas estão ocorrendo no Brasil agora. Num país onde 40% da população é simpatizante desta doutrina e crê nestes mesmos fardos, ou piores,, quantos corações aflitos passam pelos mesmos fardos ou semelhantes? Eles vivem oprimidos carregando nos ombros e no coração o sentimento de culpa de vidas passadas, renunciando seus preciosos filhos e filhas, deixando lares, abandonando cônjuges e entes queridos. Eles vivem miseravelmente por crerem nas mais absurdas farsas enganadoras de vidas passadas.
Por Pastor Gilmar Santos
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